Em sua primeira noite de exibição dos curtas concorrentes da Mostra Competitiva Nacional, o NOIA foi “presenteado” com diferentes documentários que abordaram assuntos diversos a partir de uma perspectiva sentimental.
Começou ontem, dia 17/12, a Mostra Nacional de Curtas-Metragens Universitários da 12ª edição do Festival NÓIA. O evento acontece no Cine Benjamin Abrahão (Casa Amarela Eusélio Oliveira). Até a próxima quinta-feira, 19, sempre a partir das 19h, o NÓIA apresenta 28 curtas selecionados do Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba e Bahia.
Na primeira noite da Mostra, Festival decidiu inovar ao exibir somente documentários bem distantes das formas tradicionais de documentar. Ao todo, foram exibidos nove curtas: "Pedro", de Wislan Esmeraldo, “Curitiba”, de Vitor Costa Lopes, “Eugênia no espaço”, de Juliana Siebra e Henrique Gomes, “Os alquimistas de Camalaú”, de Manoel Fernandes, “Adiós, Jampa vieja!”, de Virgínia de Oliveira Silva, “Nenhum filme era igual à ela”, de Matheus Peçanha,” No interior da minha mãe”, de Lucas Sá, “Estátuas vivas”, de Mirrah Iañez, e “Volga ou tudo ao redor é colorido e desbota”, de Guilherme Farkas e Eduardo Brandão Pinto.
Da esquerda para direita, os diretores Wislan Esmeraldo e Vitor Costa Lopes. |
Após a sessão, às 21h30, um debate com alguns dos diretores presentes pode revelar o olhar sentimental de cada um sobre seus trabalhos. Para o diretor do curta “Pedro”, por exemplo, o filme foi uma forma de falar sobre sua cidade-natal. “Essa vontade de falar do Crato já existia há muito tempo e essa foi a minha forma de fazer isso”. O curta, ainda de acordo com ele, foi dedicado ao seu recém-nascido afilhado chamado Pedro.
A cidade também foi o tema central do filme “Os alquimistas de Camalaú”, de Manoel Fernandes. Por meio de vídeo-conferência, o diretor revelou que a função do curta era justamente valorizar acultura imaterial ao acompanhar o dia a dia de cinco figuras populares do bairro de Camalaú na cidade portuária de Cabedelo na Paraíba.Com o mesmo olhar intimista, o diretor de “Curitiba” decidiu filmar o dia a dia de seus amigos de forma despretensiosa. O filme, segundo Vitor Costa, foi “uma aposta em olhar para um universo muito próximo”.
Por meio de vídeo-conferência, o diretor Manoel Fernandes falou sobre seu filme. |
De acordo com Diego Benevides, um dos jurados do Festival, os documentários se relacionavam, não apenas pela linguagem, mas também pela temática. Ainda de acordo com ele, ficou perceptível a vontade dos jovens realizadores em contar histórias que estão próximas a eles, seja pessoais ou sociais. “É sempre muito importante que essas reflexões sejam feitas para buscar um maior entendimento sobre o mundo. Agora, a expectativa é para a noite de ficções desta quarta-feira."
Hoje à noite, serão exibidos mais dez curtas-metragens de várias partes do país que podem ser assistidos gratuitamente no Cine Benjamin Abrahão (Casa Amarela) ou acessando o link http://new.livestream.com/accounts/6520389