quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Um sentimental olhar documental

Em sua primeira noite de exibição dos curtas concorrentes da Mostra Competitiva Nacional, o NOIA foi “presenteado” com diferentes documentários que abordaram assuntos diversos a partir de uma perspectiva sentimental.  

Começou ontem, dia 17/12, a Mostra Nacional de Curtas-Metragens Universitários da 12ª edição do Festival NÓIA. O evento acontece no Cine Benjamin Abrahão (Casa Amarela Eusélio Oliveira). Até a próxima quinta-feira, 19, sempre a partir das 19h, o NÓIA apresenta 28 curtas selecionados do Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba e Bahia. 

Na primeira noite da Mostra, Festival decidiu inovar ao exibir somente documentários bem distantes das formas tradicionais de documentar.  Ao todo, foram exibidos nove curtas: "Pedro", de Wislan Esmeraldo, “Curitiba”, de Vitor Costa Lopes, “Eugênia no espaço”, de Juliana Siebra e Henrique Gomes, “Os alquimistas de Camalaú”, de Manoel Fernandes, “Adiós, Jampa vieja!”, de Virgínia de Oliveira Silva, “Nenhum filme era igual à ela”, de Matheus Peçanha,” No interior da minha mãe”, de Lucas Sá, “Estátuas vivas”, de Mirrah Iañez, e “Volga ou tudo ao redor é colorido e desbota”, de Guilherme Farkas e Eduardo Brandão Pinto. 

Da esquerda para direita, os diretores Wislan Esmeraldo e Vitor Costa Lopes.
Após a sessão, às 21h30, um debate com alguns dos diretores presentes pode revelar o olhar sentimental de cada um sobre seus trabalhos. Para o diretor do curta “Pedro”, por exemplo, o filme foi uma forma de falar sobre sua cidade-natal. “Essa vontade de falar do Crato já existia há muito tempo e essa foi a minha forma de fazer isso”. O curta, ainda de acordo com ele, foi dedicado ao seu recém-nascido afilhado chamado Pedro. 

A cidade também foi o tema central do filme “Os alquimistas de Camalaú”, de Manoel Fernandes. Por meio de vídeo-conferência, o diretor revelou que a função do curta era justamente valorizar acultura imaterial ao acompanhar o dia a dia de cinco figuras populares do bairro de Camalaú na cidade portuária de Cabedelo na Paraíba.Com o mesmo olhar intimista, o diretor de “Curitiba” decidiu filmar o dia a dia de seus amigos de forma despretensiosa.  O filme, segundo Vitor Costa, foi “uma aposta em olhar para um universo muito próximo”.

Por meio de vídeo-conferência, o diretor Manoel Fernandes falou sobre seu filme.
De acordo com Diego Benevides, um dos jurados do Festival, os documentários se relacionavam, não apenas pela linguagem, mas também pela temática. Ainda de acordo com ele, ficou perceptível a vontade dos jovens realizadores em contar histórias que estão próximas a eles, seja pessoais ou sociais. “É sempre muito importante que essas reflexões sejam feitas para buscar um maior entendimento sobre o mundo. Agora, a expectativa é para a noite de ficções desta quarta-feira."


Hoje à noite, serão exibidos mais dez curtas-metragens de várias partes do país que podem ser assistidos gratuitamente no Cine Benjamin Abrahão (Casa Amarela) ou acessando o link http://new.livestream.com/accounts/6520389